Musas
Os poetas cantam suas musas.
Vinícius, a moça do corpo dourado;
Djavan, a que não decide;
a de Jobim, tinha olhos castanhos,
Ivan Lins percebeu, que o mar é uma gota comparado ao pranto seu.
Para a pena eu posso revelar façanhas, umas boas, outras estranhas,
com musas não tão famosas, entretanto muito charmosas,
cujos nomes jurei segregar.
ADA vinha todas as manhãs,
com aqueles pelos vermelhos,
aquela pele rosada,
aquelas sardas marcadas,
Passava, dava um oi e ia embora.
Bem no raiar da aurora.
MAURA aparecia vez por outra,
tinha cabelo curto e despenteado,
ora preto, ora prateado,
usava um brinco só do lado esquerdo.
Quando chegava, fazia um alvoroço.
Era sempre na hora do almoço.
OLGA, pra quem eu dizia ser três eles:
Linda, longa e loira - sorria.
Vinha ali pegar um livro na estante,
dava uma prosa, contava coisinhas,
fazia perguntas como toda inexperiente.
Tomava um café comigo no corredor,
no final do expediente.
ROSA se fazia presente à noite pras aulas.
Ora punha um pano amarrado, ora tinha um belo penteado.
trocada a cor do cabelo de repente,
Usava um perfume envolvente.
Quando ia embora, deixava a fragrância no teclado.
De repente me passou pela cabeça:
ADA, MAURA, OLGA, ROSA: A M O R
Taí !!!
A vida de um apaixonado,
é como letra de bolero,
que canta a esperança.
por um amor eterno.
Y así pasan los días
Y yo, desesperando
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás
MULHERES
#VAIPASSAR
01/05/2020
Marcio Martini